quinta-feira, 3 de maio de 2012

Primal Source de Usman Haque

Usman Haque desenvolve instalações, ambientes interativos, projeta sistemas arquitetônicos que ele chama de expandidos. No texto "Arquitetura, interação e sistemas", publicado na Revista AU, Arquitetura e Urbanismo, é possível entender um pouco mais de sua interatividade.
A obra Primal Source, de Haque, é uma instalação/performance e foi realizada na praia da cidade de Santa Monica, California, com duração de uma noite. Aproximadamente 200.000 pessoas participaram ao longo da noite. A instalação cria uma espécie de miragem, que se torna visível em vapor d'água, controlada (frequência, amplitude, movimentação) pelos sons produzidos (ou não) pelo público.  







Hélio Oiticica e os Penetráveis

Hélio Oiticica foi um artista performático, pintor, escultor. É um artista cuja produção se destaca pelo caráter experimental e inovador e suas obras pressupõem uma ativa participação do público.
Hélio radicalizou a relação do espectador com a obra de arte com seus Penetráveis, labirintos, feitos de diversos materiais e texturas (areia, asfalto, terra, água, tecido, cordas, plantas, etc), que deviam ser percorridos gerando experiências sensoriais. Tais obras geraram polêmica nos anos 60, quando não era comum o conceito de instalação. A Tropicália apresentada na exposição Nova Objetividade Brasileira, no MAM/RJ, é considerada o apogeu de seu programa ambiental - é uma espécie de labirinto sem teto que remete às relações sociais e às sensações das favelas brasileiras. Depois que o compositor Caetano Veloso (1942) usou o termo tropicália como título de uma de suas canções, ocorrem diversos desdobramentos na música popular brasileira e na cultura que ficam conhecidos como tropicalismo. Nos Penetráveis, a obra depende da interação para existir, explora todos os sentidos do espectador e acaba levando, suavemente, à interação entre as pessoas.


Penetrável Invenção da Luz, 1978

Projeto Filtro, 1972

Tropicália, 1967

Penetrável PN1, 1960

Éden, 1969